“Bíblia por que devo crer nela?” V parte.

De acordo com o pastor, escritor Esequias Soares, “... A Tradução do Novo Mundo... é a Bíblia oficial da testemunhas de Jeová... esse lançamento provocou reação no mundo acadêmico, e os principais pontos são a inserção do tetragrama (as quatro consoantes do nome divino, YHWH), 237 vezes no texto do Novo Testamento; a substituição do termo “Espírito de Deus” por “força ativa de Deus...”
A polêmica da tradução de João 1,01.
A sociedade torre de vigia traduziu a clausula final da passagem de João 1,01, “E o verbo era Deus”, por “E a palavra era {um} deus”. O enunciado no texto grego é kai theos en ho logos.O sujeito da oração é o termo logos (“palavra, verbo”)... A torre de Vigia usa essa construção gramatical como meio de legitimar sua tradução “e a palavra era {um} deus”, “... A critica considerou essa tradução... Uma perversão...”
Vejamos o parecer dos principais eruditos.
Dr, Julius R. Mantey: “Uma má tradução chocante. Obsoleta e incorreta. Não é... razoável traduzir João 1;1 “a palavra era um deus”.
Dr, Bruce M. Metzger da Universidade de Princeton (professor de língua e literatura do Novo Testamento): “Uma tradução horripilante..., errônea... perniciosa... repreensível. Se as testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas”.
Dr, Samuel J. Mikilaski, de Zurique, Suíça: “... Traduzir a frase era {um} deus” é monstruoso.
Dr, Charles L. Feinberg, de Portland, Oregon: “os testemunhas de Jeová evidenciam uma ignorância abissal...”.
Dr, James L. Boyer, de Winona Lake, Indiana: “... Nunca encontrei um deles {membro da STV} que tivesse conhecimento da língua grega”.
Dr, Willian Barclay, da Universidade de Glaslow, Escócia: “A distorção deliberada da verdade... é vista nas suas traduções do Novo Testamento João 1,1... é uma tradução que é gramaticalmente impossível...”.
Dr, Johnson da Universidade do estado da Califórnia em Long Beach: “Não há justificativa para traduzir THEOS EN HO LOGOS como “a palavra era um deus...” (1).
“... Entre as famosas traduções da Bíblia conhecidas hoje, pelo menos dezenove delas afirmam que “A Palavra era Deus”; não “deus” com “d” minúsculo, ou “um deus” qualquer. Veja, por exemplo:
·        KING JAMES VERSION (versão do rei Tiago) – A Palavra era Deus.
·        THE NEW INTERNATIONAL VERSION (a nova versão internacional) – a Palavra era Deus.
·        ROTHERHAM – A Palavra era Deus.
·        DOUAY – A Palavra era Deus.
·        JERUSALÉM BIBLE (a Bíblia de Jerusalém) – A Palavra era Deus.
·        AMERICAN STANDARD VERSION (versão padrão americana) – e a Palavra era Deus.
·        REVISED STANDARD VERSION (versão padrão revista) – e a Palavra era Deus.
·        YOUNGS LITERAL TRANSLATION OF THE BIBLE (tradução literal da Bíblia de YOUNG) – e a Palavra era Deus.
·        THE NEW LIFE TESTAMENT (o testamento nova vida) - a Palavra era Deus.
·        MODERN KING JAMES VERSION (moderna versão do rei Tiago) – a Palavra era Deus.
·        NEW TRANSLATION – DARBY (nova tradução) – a Palavra era Deus.
·        NUMERIC ENGLISH NEW TESTAMENT – a Palavra era Deus.
·        THE NEW AMERICAM STANDARD BIBLE (a novaBíblia padrão americana) – e a Palavra era Deus.
·        THE NEW TESTAMENT IN MODERN ESPEEC – WEYMOUTH (o novo testamento em linguagem moderna) – e a Palavra era Deus.
·        THE NEW TESTAMENT IN MODERN ENGLISH – MONTGOMERY (o novo testamento em inglês moderno) – e a Palavra era Deus.
·        THE NEW TESTAMENT IN INGLISH (PHIPIPS) – essa  Palavra era Deus.
·        THE BERKLEY VERSION (a versão de Barkley) – e a Palavra era Deus.
·        ENPHATUC DIAGLOTT (publicação das testemunhas de Jeová) – e o logo era Deus...
Num artigo intitulado “Uma tradução errada e chocante”, o doutor Julios R. Mantey escreve:
A Manual Grammar of the greek New Testament da qual sou co – autor é citada pelos tradutores do apêndice da Tradução do Reino, Interlinear, das Escrituras Gregas. Eles citaram – me fora do contexto. Apuradas pesquisas descobriram ultimamente abundante e convincente evidencia de a tradução de João 1,1 por deus era a Palavra ou a Palavra era Deus, não tem qualquer apoio gramatical... Não existe qualquer afirmação na nossa gramática que alguma vez quisesse implicar que “um deus” era tradução admissível em João 1,1... Nem mesmo é razoável... Os escritores da Torre de Vigia parecem ser os únicos a advogar tal tradução agora...
O doutor James L. Boyer, do seminário teológico da graça de Winona Lake, Indiana Estado Unidos, escreveu: “Para um estudante Familiarizado com língua grega, João 1,1 é a expressão mais forte possível da absoluta da divindade da Palavra... cujo caráter é descrito pela palavra Deus” (2)
Afirmações absurdas.
“... A força ativa de Deus movia – se por cima da superfície das águas” (Gen. 1,02). Era só o que faltava chama o Espírito Santo de Deus de “força ativa”, ei tá que esse pessoal é corajoso.
“... Venha a haver luz...” (Gen. 1,03).
Em apocalipse a palavra “servo” é trocada por “escravos” (AP 1,01).
Neste mesmo livro não existi a expressão “distrito da”, no entanto a tradução do novo mundo trás ela entre colchetes (AP 1,04).
Esses são alguns dos exemplos ridículos que a Tradução do Novo Mundo insistiu em manter. Que o Senhor tenha misericórdia!
Cientistas que creem na Bíblia!
“... Inglês Boger Bacon (1214 – 1294)... considerava a teologia a maior de todas as ciências...
Robert Boyler (1627 – 1691)... Cristão fervoroso... Aprendeu grego e hebraico só para estudar a sua maior paixão... A bíblia...
O inglês Issac Newton (1642 – 1727) é um... Amante da palavra de Deus... Eu encontro, mas marcas de autenticidade na bíblia do que em qualquer historia profana...
O inglês John Flamsteed (1646 – 1719)... Era um cristão fervoroso...
O Quaker americano John Batram (1699 – 1777), um dos maiores botânicos da historia...
O Francês George Cuvier (1769 – 1832)... Luterano e cristão apaixonado pela bíblia, ele realizou estudos que comprovam que o dilúvio bíblico, dos dias de Noé, realmente aconteceu...
O americano Samuel Morse (1791 – 1872)... “Quanto mais me aproximo do final de minha peregrinação, mais clara é a evidencia da origem divina da bíblia...” (3)
*Como interpretar a Bíblia corretamente?

Esta é uma pergunta que todos os interessados no livro SAGRADO devem se fazer.
A resposta para esta pergunta quem nos da é o pastor Ciro Sanches Zibordi.

A Bíblia tem sido muito mal utilizada em nossos dias...
Basta surgir uma manifestação ou inovações, que logo aparecem “teólogos” e “hermeneutas” apresentando textos supostamente comprobatórios de tais modismos.
Há pregadores usando Gênesis 18.12 para defender a chamada “unção do riso”; Isaías 5.29 para afirmar que o crente pode “rugir como leão”; Amós 4.6 para tornar bíblico o fenômeno dos “dentes de ouro”, etc.
Para compreender e interpretar corretamente a Palavra de Deus é necessário, antes de tudo, ser um verdadeiro servo de Jesus, espiritual (1 Co 2.14-16). Entretanto, a despeito de este fator ser primordial para o entendimento das revelações do Senhor (MT 13.11), a falta de conhecimento das regras básicas da exegese bíblica tem levado muitos ensinadores da atualidade a interpretações equivocadas, desprovidas de bases contextual, teológica e histórica. Evidencia-se, a cada dia, que obreiros sinceros, mas despreparados ou mal informados, usam a Escritura como uma mera comprovadora de ensinamentos.
A Palavra de Deus alerta: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (2ªPE 1.20). Nesta passagem, o apóstolo Pedro deixa claro que cada texto sagrado possui um único significado dentro do contexto.

Interpretação e aplicação.

Antes de prosseguir, é importante diferençar interpretação de aplicação. A primeira visa a descobrir o único e verdadeiro significado de uma passagem bíblica, revelando o que o autor desejou transmitir. Já a aplicação é uma ênfase dada pelo pregador ou ensinador no momento da exposição bíblica. Segue-se que a aplicação não deve ser utilizada para a criação de doutrinas, pois não incorpora o verdadeiro significado de uma passagem.
O trecho de Lucas 10.25-37 nos oferece um bom exemplo. Na parábola em questão, Jesus enfatiza o amor para com o próximo, deixando claro o significado do texto: assim como o samaritano ajudou o homem atacado por salteadores, o cristão deve ter compaixão do próximo. Alguns pregadores, porém, dão a essa passagem outra denotação. Apresentam a parábola como uma representação da obra redentora de Jesus (o “Bom Samaritano”), fazendo, assim, uma aplicação diferente.
Ninguém está proibido de fazer aplicações bíblicas. Todavia, ao se valer dessa prática, o pregador precisa ter alguns cuidados. Em primeiro lugar, deve estar ciente de que está aplicando e não interpretando, pois muitos não sabem diferençar uma coisa da outra. Além disso, a aplicação deve ser feita de um modo que o público não a assimile como sendo a interpretação real da passagem.
Expoentes renomados costumam confundir aplicação com interpretação. Uma prática comum é a “espiritualização” de parábolas e de promessas ou mandamentos de ordem física dados exclusivamente ao povo de Israel, aplicando-os às situações de nossos dias. Tal recurso, conquanto seja válido na pregação, se torna perigoso por violar a intenção do autor, abrindo precedentes negativos no âmbito exegético.
Certo pregador, ao discorrer sobre o texto de João 15.1, usou uma aplicação no mínimo desastrosa. Segundo ele, uma vez que Cristo é a videira, e as videiras são parte da criação de Deus, segue-se que Cristo foi criado!
Outro expositor, ao relatar a parábola dos dois filhos (Lc 15.11-32), concluiu que, como o filho mais novo se arrependeu e retornou à casa do pai sem o auxílio de um mediador, o homem não precisa de Jesus para se chegar a Deus!
Esses exemplos de aplicações infelizes nos levam a entender o quanto é importante saber que qualquer texto bíblico possui apenas uma significação. Se admitirmos que um trecho da Escritura Sagrada pode ter mais de um significado, franquearemos o caminho para todo o tipo de interpretação errônea. O objetivo do estudioso da Bíblia é entender a mensagem que o autor do livro, na época, quis transmitir àqueles a quem escreveu... Se cada texto do Sagrado Livro possui apenas um único sentido, como descobrir se este é literal ou alegórico? E, o que fazer para não confundir interpretação com aplicação? Primeiramente, devemos saber que todo texto bíblico é literal, a menos que o contexto prove o contrário.

O que é contexto?

O contexto é formado pelos textos (versículos, capítulos ou livros) anteriores e posteriores à passagem em estudo, podendo ser imediato ou abrangente. Enquanto não ultrapassa o limite de um livro, o contexto é chamado de imediato. No caso do texto áureo da Bíblia, João 3.16, o contexto imediato é formado por todos os versículos do capítulo ou, em uma análise mais ampla, por todos os capítulos do livro. Já o contexto abrangente pode ser remoto, englobando uma porção maior de passagens paralelas. Em resumo, o contexto da passagem em questão abarcaria: ou parte do capítulo, ou o capítulo todo, ou parte do livro, ou o livro todo, ou os quatro Evangelhos, ou todo o Novo Testamento, ou, em última análise, toda a Bíblia...
Mas isso não é o suficiente para levar ao entendimento do sentido exato de um texto, haja vista as passagens alegóricas serem apresentadas sob diversas figuras de retórica. A dificuldade em defini-las pode levar o estudioso a conclusões precipitadas.
Vejamos alguns exemplos de figuras de linguagem que aparecem nas páginas inspiradas:

Metáfora — emprego de um termo que se associa a outro, mostrando a característica de uma pessoa ou coisa. Ao afirmar que era o “pão”, a “luz”, a “porta” e o “caminho”, Jesus quis revelar algumas de suas características (Jo 6.35; 8.12; 10.9; 14.6). De igual modo, o salmista falou da firmeza que tinha em Deus, dizendo: “Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente; (...), pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza”, Sl 71.3.

Em Mateus 5.13-16, Jesus disse aos seus discípulos que eles eram o “sal da terra” e a “luz do mundo”, mencionando na própria passagem a importância do sal e da luz. Falando sobre o cuidado que devemos ter com a nossa visão, o Senhor também empregou a linguagem metafórica: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz”, Mt 6.22. Outros exemplos: Lc 13.31,32; 1ª TM 3.15.

Sinédoque — figura pela qual se emprega o todo pela parte ou vice-versa. Quando dizemos “Todo mundo está presente”, estamos querendo mostrar que todas as pessoas estão em um determinado local. Da mesma forma, dizemos: “Não veio ninguém”, quando poucas pessoas estão presentes.

A sinédoque ocorre na Bíblia em Atos 24.5 e Colossenses 1.23, entre outros textos. Na primeira passagem, é empregada a expressão “todo o mundo” em lugar de “todo o império romano”. Já o texto de Colossenses usa “toda criatura que há debaixo do céu” em vez de “todas as pessoas do mundo conhecido”.

Hipérbole - figura que realça um pensamento por meio do emprego de expressão exagerada. Os vendedores costumam usar o jargão “Esse produto tem mil e uma utilidades” para enfatizar que um produto possui, na verdade, muitas utilidades. Por que eles não dizem o número exato de utilidades? Porque, nesse caso, a hipérbole transmite a mensagem de forma mais eficaz. Por isso, alguns escritores da Bíblia empregaram expressões hiperbólicas.

Ao concluir o seu livro, João afirmou que “o mundo todo” não conteria os livros, caso ele relatasse todas as realizações de Jesus (Jo 21.25). Recorrendo, também, à linguagem hiperbólica, o salmista disse: “... toda a noite faço nadar a minha cama, molho o meu leito com as minhas lágrimas”, Sl 6.6. Imaginemos a cena... Davi chorando tão intensamente, a ponto de nadar em suas próprias lágrimas! É claro que isso é uma figura de linguagem.

Prosopopéia - consiste na personificação de coisas inanimadas. Usamos essa figura, por exemplo, para nos referirmos a um carro que gasta muito combustível: “Esse carro bebe demais”. Na Bíblia, vemos o emprego da prosopopéia em Isaías 55.12: “... os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face, e todas as árvores do campo baterão palmas”.

A conhecida (mas sempre bela) narrativa do Salmo 19 diz que os “céus manifestam a glória de Deus” (v. 1) e “um dia faz declaração a outro dia” (v. 2), entre outras expressões. No Salmo 35.10, Davi afirma que seus ossos são capazes de falar, enquanto o Salmo 85.10 registra um beijo curioso: “... a justiça e a paz se beijaram”. Mas o livro mais rico em personificações é Provérbios. Leia: 1.20-33; 6.13; 9.1-3.

Metonímia - emprego da causa pelo efeito ou do símbolo pela realidade. A frase “Sou alérgico a cigarro” apresenta uma utilização de causa pelo efeito, visto que a pessoa é alérgica à fumaça do cigarro e não ao cigarro. Quanto ao emprego do símbolo pela realidade, vale lembrar o fato de comprarmos diversos produtos pela marca, como: “Bom-Bril” em vez de palha de aço; “Danone” em vez de iogurte; “Gillete” em vez de lâmina de barbear.

Em Lucas 16.29, “Moisés e os profetas” são empregados em lugar de “o Pentateuco” (livros de Moisés) e “os escritos dos profetas”. Com respeito à Ceia, Paulo disse: “Porque todas as vezes que (...) beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha”, 1 Co 11.26. Nesta passagem e em outras, a palavra “cálice” denota, na verdade, o conteúdo de um cálice...

6) Paradoxo - proposição, idéia ou opinião aparentemente contraditórias. Vejamos alguns exemplos:
a) “Segue-me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos”, MT 8.22.

b) “Quem achar a sua vida perdê-la-á”, Mt 10.39.

c) “... coais um mosquito e engolis um camelo”, Mt 23.24.

d) “... é mais fácil entrar um camelo pelo fundo duma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”, Lc 18.25.

e) “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem”, 2 Co 4.18.

Nota-se que em todos os paradoxos mencionam-se coisas impossíveis, como: morto sepultar morto; mosquito ser coado; e camelo passar pelo pequeno orifício de uma agulha (agulha, mesmo!). Entretanto, todas essas proposições aparentemente estranhas são entendidas quando lemos os seus contextos imediatos.

a) No primeiro exemplo, Jesus fala de mortos espiritualmente sepultando pessoas mortas fisicamente.

b) No segundo, ele ensina que ninguém pode salvar a si mesmo.

c) Em Mateus 23.24 , o Mestre condena os fariseus por se importarem com pequenas coisas (coar mosquito), enquanto cometiam erros maiores (engolir camelo).

d) O exemplo do item “d” fala do perigo de ter o coração nas riquezas.

e) E o último ensina que devemos atentar para as coisas celestiais.

7) Pleonasmo - ocorre quando há repetição da mesma ideia, isto é, redundância de significado. É empregado para reforçar uma ideia, enriquecendo uma expressão. Em João 11.43, Jesus bradou: “Lázaro, sai para fora”. Ele podia ter dito simplesmente: “Lázaro, sai”. Mas, apesar de correta, essa construção seria pobre, sem ênfase e vazia. Outros exemplos: 1 Rs 19.11 “... Porém o Senhor não estava  no vento; depois do vento um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto...”.  At 14.10; “... Apruma – te direito sobre os pés! Ele saltou e andava”.

8) Símile - do latim similis, “semelhante”, “parecido”. É a figura caracterizada, em geral, pela palavrinha “como”. Difere da metáfora, que é uma comparação não expressa. Quando João foi arrebatado em espírito e viu Jesus em glória (Ap 1.10-20), ele não teve palavras para descrevê-lo, lançando mão de alguns símiles: “voz como trombeta”, “cabelos como lã”, “olhos como chama de fogo”, “pés semelhantes a latão reluzente”, “voz como muitas águas”, etc.

9) Ironia - expressão que exprime, aparentemente, o contrário. Essa figura é melhor entendida na linguagem falada, pois a entonação da voz não deixa dúvidas quanto à intenção do emissor. Quando se diz “Aquele irmão é uma bênção...”, querendo que o ouvinte entenda o contrário, regula-se a tonalidade de voz, prolongando o tempo em algumas sílabas. Mas, na linguagem escrita, a ironia só pode ser percebida mediante a leitura do contexto.
Quem são os “excelentes apóstolos” de 2ª Coríntios 11.5? O contexto revela que Paulo empregou uma ironia para falar de falsos apóstolos (vv. 13-15). Vale lembrar também das palavras irônicas de Elias aos profetas de Baal: “Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; (...) porventura dorme, e despertará”, 1ª Rs 18.27. Outro exemplo de ironia é a de Jó, ao contestar as argumentações de seus “amigos”: “... convosco morrerá a sabedoria”, Jó 12.2. (4)

CONTEXTUALIZAÇÃO COMO SABER SE ELA É BOA OU RUIM?
De acordo comSilas Daniel, pastor, jornalista, conferencista, editor, comentarista e autor dos livros “Reflexões sobre a alma e o tempo”, “Habacuque – a vitória da fé em meio ao caos”, “Como vencer a frustração espiritual” e “Historia da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil”.
·        Na verdadeira contextualização,“...Devo sempre analisar uma passagem bíblica a partir de contexto histórico – social, de seu gênero literário e da doutrina bíblica... porque texto analisado isoladamente, isto é sem o auxilio de outras passagens... pode desemborca em heresia... texto... sem o contexto... é pretexto...
·        Devo evitar cair na famosa “falácia da raiz” e no engodo de determinar o significado do vocábulo desprezando o uso claro que se faz dele naquele contexto... Determinada palavra pode possuir grande variedade de significados; mas, num contexto especifico somente um deles será valido...
·        Nunca devemos tratar doutrinas bíblicas fundamentais da mesma forma que são tratadas as doutrinas secundarias ou periféricas. Doutrinas como a divindade e humanidade de Cristo, a doutrina da salvação, os atributos naturais e morais de Deus... Inspiração e inerrância das Sagradas Escrituras nunca devem ser relativizadas...
·        Nunca caia na tentação de viver em busca de uma “revolução teológica”, do ineditismo teológico. Não seja daqueles que, como os Areópagos, “Não cuidavam de outra coisa senão falar ouvir as últimas novidades” (At 17.21)...
·        Nunca caia na falácia de que o discurso piedoso pode justificar o erro... Em Colossenses 2,18, Paulo diz: “Ninguém vos domine a seu bel – prazer, com pretexto de humildade (...) estando debalde inchado na sua carnal compreensão”
·        A contextualização sadia da bíblia não significa adaptar a bíblia ao povo ou à nossa época... Paulo diz em Efésios 4.14: “Não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, astucia, enganam fraudulosamente”. (5).
A Bíblia fala sobre temas atuais?
A resposta para essa pergunta quem nos da é o pastor e articulista *Mauricio Capellari, fazendo um mapeamento da historia do profeta Amós que fala sobre:
1.   “... Crueldade (AM 1. 3 – 5).
2.   ... Trafico de escravos (AM 1. 6 – 8)...
3.   Violência e vingança (AM 2. 1 – 3)...
4.   Corrupção e opressão (AM 2. 5 – 16)...
5.   Ganhos extorquidos dos pobres (4. 1 – 3)...
6.   Os ricos... Estavam interessados em móveis caros (6. 4)...
7.   Havia manipulação de decisões judiciais (2. 6, 7).
8.   Extorsões legais (5. 5 10, 12).
9.   Extorsões comerciais (8.5).
10.               Juízes influenciados pelo suborno (5. 12)...(6)

A Bíblia e o dilúvio. Fato ou mito?
“...Existem em todo o planeta muitas evidencias sobre um grande cataclismo que envolveu um enorme dilúvio... Sir Leonard Wooley... despertou a curiosidade de muita gente. Ele narra a descoberta dos primeiros indícios de uma grande inundação em suas pesquisas realizadas de 1929 a 1933 em Ur – Naamu. O arqueólogo descobriu vários objetos da época antediluviana. Desse momento em diante, varias constatações arqueológicas de uma colossal inundação que veio sobre a terra por volta do ano 8000aC foram levantadas pelos pesquisadores.
Exploradores... Descobriram os restos de mamutes, rinocerontes, cavalos, cobras...
A ciência já provou que a totalidade do território dos Estados Unidos já foi leito de oceano, embora não todo ao mesmo tempo.
No congelado solo da Sibéria, já foram descobertos árvores totalmente congeladas, com folhas e frutos...
...Outra forte evidência do dilúvio é registro meteorológico encontrado nas camadas de gelo do Ártico que comprovam o clima da terra sofreu mudanças drásticas no passado...” (7)
E o que dizer sobre as “profecias”.

Em 1818, William Miller (fundador do movimento adventista) começou a anunciar que Cristo voltaria a terra nos próximos 20 anos. Em 1831, Miller proclamou que esse evento ocorreria em 23 de março de 1843. Em seguida marcou nova data 22 de outubro de 1844.
Charles Taze Russel (fundador das testemunhas de Jeová) profetizou que a batalha do Armagedom ocorreria em 1914. Segundo ele neste mesmo ano ocorreria a vinda de Cristo. Depois ele marcou para 1915 e 1918.
Rutherford estabeleceu o ano de 1925 como o inicio do milênio. Isso não se cumpriu.
Leia com atenção o famoso poeta lírico alemão Henrique Heine: “Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de minha e correr as tabernas da filosofia, depois de me haver entregue a todas as politiquices do espírito e ter participado de todos os sistemas possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho – me diante da Bíblia” (8).
Uma pseuda – interpretação!
Asseverar que ela [a Bíblia] é um livro santo e divino e que Deus inspirou seus escritores para torna conhecida a vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para com o publico” (Outlines of Spirutualism).
Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque, além de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitáveis absurdos” (Carlos Imbassahi, O Espiritismo Analisado) (9)
Os espíritas são capazes de rotular a Bíblia “... Como velha e ultrapassada e de negar, furiosos, que ela seja a Palavra de Deus, quando um evangélico cita alguns dos muitos versículos ou passagens bíblicas que condenam as praticas e doutrinas espíritas... No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec... Declara que os dez mandamentos são de caráter divino por pertencerem a todos os tempos e países (e só por esse motivo eles seriam divinos!)... Kardec ataca... Diabolicamente os evangelistas, afirmando que eles “ter – se – ao possivelmente enganado, quanto ao sentido das palavras do Senhor ou dado interpretação falsa aos seus pensamentos...” (A Gênese, p. 396)... Carlos Imbassay... Desmascara a natureza antibiblica do espiritismo, ao declarar soberbamente: “Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. O espiritismo não é ramo do cristianismo como as demais seitas cristãs... A nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome – espiritismo... Leon Denis... Afirma que a Bíblia “não pode ser considerada produto da inspiração divina” (10)
Qual a veracidade do Novo Testamento?
“... Como podemos ter certeza de que o material sobre a vida e os ensinamentos de Jesus ficou preservado durante 30 anos antes que fossem finalmente fixados por escritos nos evangelhos... Os livros – ou melhor, os pergaminhos de papiro – eram relativamente raros... Logo os discípulos seriam perfeitamente capazes de guardar na memória – e passar adiante com precisão – muito mais do que aparece nos quatro evangelhos somados... Existem atualmente 99 fragmentos de papiros com uma ou mais passagens ou livros do Novo Testamento... Destes, 1 apresenta partes dos quatro evangelhos e do livro de Atos datando do século III d. C... O mais antigo deles, de aproximadamente 200 d. C, contém cerca de dois terços do evangelho de João... No total, há cerca de 24 mil manuscritos... No mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual... O Novo Testamento não só sobreviveu em um numero maior de manuscrito, mais que qualquer outro livro... mas sobreviveu em forma muito mais pura (99, 5% de pureza) que qualquer outra obra grandiosa, sagrada ou não... A verdade pura e simples é que os livros do Novo Testamento entraram para o cânon porque não havia como impedi – los de entrar...” (11).
“... Os livros do Novo Testamento foram escritos durante a segunda metade do primeiro século. A maior parte dos livros foi escrita para igrejas locais (por exemplo, a maioria das epistolas de Paulo foi escrita para as igrejas de Éfeso, Fipilos, Colossos etc) e algumas foram endereçadas a indivíduos. Outros livros escritos por diversos autores foram dirigidos a um auditório mais amplo da Ásia oriental (1ª Pedro), Ásia ocidental (Apocalipse) e até mesmo Europa (Romanos)” (12).
E o que dizer sobre o Antigo Testamento?
“... Divisão em capítulos. Por volta de 1228, Stephen Langton procedeu à divisão em capítulos... Quanto à disposição em versículos do Antigo Testamento foi dividido em 1445 pelo rabi Nathan, e o Novo Testamento em 1551 por Robert Stevens, um famoso impressor de Paris...
O historiador Flavio Josefo disse: “Ninguém jamais foi tão atrevido para tentar tirar ou acrescentar, ou mesmo modificar – lhes a mínima coisa” (13).
“... Como Floyd Hamilton disse: “Em sua estrutura a Bíblia é uma unidade, cada parte entrelaçada e interpretada com as outras partes, de modo que cada parte é necessária para a compreensão completa do todo... L, Gaussen disse que os livros da Bíblia são como os instrumentos de um musico capacitado...
Floyd E. Hamilton escreveu: “As escrituras são uma representação exata da realidade, e não tentativas sem jeito de reconstruir o ambiente muitos anos depois dos acontecimentos.... Vamos ouvir as palavras de Bernard Ramn:
... Nenhum outro livro foi tão picado, fatiado, peneirado, investigado e vilipendiado. Que livro de filosofia, religião, psicologia, literatura clássica ou moderna foi sujeito a um ataque tão maciço quanto a Bíblia? Com tamanha profundidade e erudição; cada capitulo, linha e principio? A Bíblia continua sendo amada por milhões e estudada por milhões...
Agostinho... escreveu: “Se você crê no que gosta dos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas em você mesmo...” (14)
Notas informativas do texto “Uma tradução esdrúxula
(continuação do texto “Bíblia por que devo crer nela?”)
1.   Revista “Resposta Fiel”, artigo “As distorções da Tradução do Novo Mundo”, autor Esequias Soares*, paginas 23, 24e 25, edição número 23, trimestral março – abril- maio, editora CPAD.
2.   Livro “Seitas e Heresias um sinal dos tempos”, autor Raimundo F. de Oliveira, páginas 87, 88, 90 e 92, editora CPAD.
3.   Jornal “Mensageiro da Paz”, edição 1494, Novembro de 2009, matéria de capa “Confissão positiva: uma praga no meio evangélico”, reportagem “Maiores cientistas de todos os tempos eram cristãos fervorosos”, páginas 14 e 15, editora CPAD.
4.   Blog do CIRO, *o texto original não contêm as pequenas modificações que fiz nesse.
5.   Livro “A sedução das novas teologias”, autor Silas Daniel, paginas 101, 193, 194 e 196, editora CPAD (os grifos não constam no texto original).
6.   Revista Manual do Obreiro, edição 32, matéria de capa “PÓS – PENTECOSTALISMO, estranha moda tenta apagar as manifestações espirituais na igreja”, artigo “A teologia do profeta Amós”, páginas 34 e 36, editora CPAD.
7.   Revista “GERAÇÃO JC” edição 62, matéria de capa “NA PRESENÇA DO PAI”, artigo “O dilúvio e as evidencias cientificas”, páginas 47 e 48, editora CPAD.
8.   Seitas e Heresias, um sinal dos tempos”, autor Raimundo F. de Oliveira, página 65, editora CPAD.
9.   Livro “Seitas e Heresias, um sinal dos tempos”, autor Raimundo F. de Oliveira, página 64, editora CPAD.
10.              Livro “POR DEUS CONDENA O ESPIRITISMO” autor Jefferson Magno da Costa, paginas 108, 109 e 110. Editora CPAD.
11.              Livro “EM DEFESA DE CRISTO” autor Lee Strobel, páginas 56, 79, 85 e 87. Editora VIDA.
12.              Livro “7 razões para confiar na Bíblia”, autor Erwin Lutzer, página 156. Editora VIDA.
13.              Revista “Lições Bíblicas”, jovens e adultos, 2º trimestre de 2003. Tema “Visão panorâmica do Antigo Testamento”, comentarista Ezequias Soares, paginas 7 e 14, editora CPAD.
14.              Livro “7 razões para confiar na Bíblia”, autor Erwin Lutzer, paginas 43, 44, 60 e 70 editora VIDA.
*O pastor Esequias Soares é teólogo, mestre em ciências da religião e presidente da comissão de apologética da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil).

*Mauricio Capellari é professor da faculdade Teológica da Assembleia de Deus de Curitiba (FATADC).

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