Batizar sim ou não?


 Eu confesso que me impressiono muito, com a facilidade que alguns expoentes das Escrituras Sagradas possuem para  defenderem seus pontos de vista. É um verdadeiro “toma lá da cá”, contudo existem certos assuntos que dão muito “pano prá manga”. Dentre estes está o batismo de crianças, alguns acham certo e outros dizem não, os que são contrários afirmam que o correto é apresentar. Mas e como fica a Bíblia nisso?
De acordo com livro “Teólogia Sistemática, Pentecostal” de Stanley M, Horton:
“... Historicamente, são três as formas principais de batismo: a imersão, a efusão (derramamento) e a aspersão. A maioria dos estudiosos do Novo Testamento concorda que o signifi­cado essencial do verbo baptizo é "imergir", ou "submergir". Um dos documentos cristãos mais antigos, fora do Novo Testamento, o Didaquê, registra as primeiras instruções co­nhecidas que permitem o batismo por outro método que não seja a imersão. Depois de oferecer instruções pormenoriza­das para o batismo - deveria ser realizado em "água corren­te" ou, caso não houvesse, deveria ser utilizada água fria (e, como derradeira alternativa, água morna); deveria empregar a fórmula trinitariana, etc. - o Didaquê aconselha que, não havendo água suficiente para a imersão, deve-se "derramar água na cabeça três vezes, 'em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo'".A aspersão começou a ser usada já no século III, mormente nos casos de batismos clínicos (para aqueles já próximos da morte e que desejavam o batismo cristão). Embora a imersão seja o modo geralmente aceito entre os evangélicos (inclusive os pentecostais), talvez ocasi­ões incomuns aconselhem o uso de outro método, como ao se batizar uma pessoa de idade avançada ou fisicamente incapaz. O método jamais deverá tornar-se mais importante que a identificação espiritual com Cristo na sua morte e ressurreição, que é simbolizada pelo batismo.Uma questão que tem levado a muitas controvérsias, na história do Cristianismo, diz respeito aos candidatos ao batis­mo. Deve a Igreja batizar os bebês e filhos pequenos dos seus membros, ou somente os que creem, ou seja: os que de modo consciente e racional podem fazer a decisão de aceitar Cris­to? Ê uma questão complexa, e boa parte do problema tem sua origem na dúvida entre ser o batismo um sacramento ou uma ordenança. O próprio ato em si mesmo transmite graça (sacramento) ou simboliza a graça já transmitida (ordenan­ça)? Desde os primeiros pais da Igreja, argumentos têm sido levantados a favor e contra o batismo infantil. No século III, por exemplo, Orígenes asseverou que "a Igreja recebeu uma tradição que ordena batizar até mesmo as criancinhas". Ao mesmo tempo, porém, Tertuliano argumentou contra o ba­tismo de crianças: "Por que a idade da inocência se apressa para obter a remissão dos pecados?" Tertuliano declarou, ainda: "Deixe, portanto, que venham depois de mais cresci­dos, e então poderão aprender e ser ensinados quando de­vem vir; deixe-os tornarem-se cristãos quando tiverem a capa­cidade de conhecer a Cristo". A maioria das declarações feitas pelos primeiros pais da igreja sobre a questão não são suficientemente explícitas para determinar com certeza as atitudes da Igreja antiga. Muitos dos argumentos usados pelas duas partes envolvidas são baseados no silêncio e na conjectura.Desde os tempos medievais, cristãos têm praticado o batismo de crianças. A prática tem sido usualmente justificada por três argumentos principais. O primeiro é a sugestão de ser o batismo de crianças o equivalente neotestamentário da circuncisão do Antigo Testamento. Nesta condição, é consi­derado um rito de admissão na comunidade pactuai dos crentes e concede aos batizados todos os direitos e bênçãos das promessas da aliança. Embora o paralelo pareça razoá­vel, falta-lhe apoio bíblico sólido. É certo que a Bíblia não está substituindo o batismo pela circuncisão, em Gálatas 6.12-18.O segundo argumento em apoio ao batismo infantil é o apelo aos batismos de "famílias" na Bíblia... Por exemplo: textos como Atos 16.15 (a casa de Lídia) e 16.33 (a casa do carcereiro filipense) eCoríntios 1.16 (a casa de Estéfanas) significam, segundo se infere, que pelo menos algumas dessas famílias incluíam crianças pequenas entre os batizados. De novo, trata-se em grande medida de um argumento do silêncio, baseado mais em conjecturas do que no que é declarado. Poderíamos inferir, com igual probabilidade, que os leitores bíblicos teriam entendido que os batismos de famílias intei­ras incluíam somente os que pessoalmente haviam aceitado Cristo como Salvador, pois todos "creram" e todos "se ale­graram" (At 16.34).Um terceiro argumento frequentemente empregado é o do pecado original. A criança nasce com a culpa e precisa do perdão, que vem por meio do batismo. Essa ideia, entretan­to, baseia-se em grande parte na teoria de que os seres humanos herdam biologicamente o pecado (por contraste ao pecado a eles imputado de modo representativo) e que o batismo tem o poder de realizar uma espécie de regeneração sacramental. No tocante à remissão do pecado original pelo batismo, Oliver Quick observa, com certa sagacidade: Pelo menos dentro daquilo que a experiência consegue demons­trar, as tendências pecaminosas ou defeitos espirituais de uma criança batizada e de uma não batizada são bem seme­lhantes entre si".Conforme já foi sugerido, a maioria dos que sustentam ser o batismo uma ordenança, e não um sacramento, acredi­ta que o batismo deve ser ministrado apenas aos crentes nascidos de novo. E note-se que até mesmo alguns dos teólogos não-evangélicos de maior destaque no tempos mo­dernos, que geralmente sustentam uma teologia sacramen-talista, também têm rejeitado a prática do batismo infantil.O batismo significa uma grande realidade espiritual (a salva­ção) que tem revolucionado a vida do crente. Mesmo assim, o símbolo em si mesmo não deve ser elevado ao nível daque­la realidade superior...”(1).

O teólogo assembleiano Ciro Sanches Zibordi nos informa dizendo:
“... Alguns teólogos têm proposto, com base em Marcos 9,21 – 22, 1ª Coríntios 7,14 e Atos 16,31, o que chamo de argumentação da aliança familiar com Deus. Segundo eles as crianças que pertencem a um lar compromissado com o Senhor estão automaticamente salvas... Antes de considerar o que está escrito nas três referências acima, é possivel afirmar que a arguementação baseada nelas não resiste a uma exegese. Consideremos s crianças que nascem que morrem ao nascer ou poucos dias  depois de seus nascimentos. Seriam elas condenadas ao inferno por não pertencerem a uma família formada por crentes em Jesus Cristo? E se, na sua família, apenas um dos pais for salvo?... Permitiria a Justo Juiz que as suas criaturas entrassem no mundo por pouco tempo,c om o único propósito de serem condenadas e sofrerem no inferno por toda a eternidade? E, ainda, sem terem a mínima chance de defesa no dia do Juízo Final?... Mateus 19,14. Certos teólogos afirma – acertadamente – que o termo grego toiouton, nessa passagem, não se refere às crianças, e sim às pessoas que são semelhantes a elas...1ª Coríntios 7,14. Certos teólogos citam esta referência em apoio à suposta salvação de crianças que vivem num lar evangélico. Mas veja o que diz a Palavra de Deus: ‘Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos’. Fica evidente, à luz do contexto, que a passagem não trata de salvação eterna, e sim da influencia positiva que um cônjuge terá sobre o outro, caso se converta (1ª PE 3, 1,2)... A prova de que uma pessoa salva não determina que o cônjuge e filhos sejam igualmente salvos está no versículo 16: ‘Porque, donde sabes, ó mulher, salvarás teu marido? Ou, donde sabes ó marido, se salvarás tua mulher?’...Atos 16,31. Ainda em relação à argumentaçãoda aliança familiar com Deus, algusn teólogos citam essa passagem. Mas, quando Paulo disse ao carcereiro de Filipos que, se ele cresse no Senhor Jesus Cristo, a sua família seria salva, fez essa afirmação no sentido de que a sua influência como pai de família, levaria todos a receberem o Evangelho...” (2).

O também teologo assembleiano Kleber Maia fala-nos que:
Há algumas igrejas até mesmo protestantes que batizam crianças porque dizem que o batismo é um substituto da circuncisão na velha aliança... Mas, nos precisamos diferencia entre o que é exigido numa aliança e na outra” (3).

E COMO FICA A BÍBLIA NISSO?
Toda leitura precipitada nos leva a conclusões erronêas e o mesmo ocorre conosco quando fazemos uso da Palavra de Deus.

ATOS 10,47; A FAMÍLIA DE CORNÉLIO:
Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a àgua, para que não sejam batizados, estes...” (AT 10, 47).
Pedro perguntou: ‘Será que alguém vai proíbir que eles sejam batizados...” (Nova Bíblia Viva).
A seguir Pedro disse: ‘Pode alguém negar água, impedindo que estes sejam batizados” (Nova Versão Internacional).
Atos 10, fala – nos sobre a ida do apóstolo Pedro a casa do centurião Cornélio, mas, em momento algum o texto menciona que crianças foram batizadas. E nem adianta usar a desculpa de que a palavra família esta englobando tudo. Até mesmo porque isso não se sustenta dentro da Bíblia. E um bom exemplo disso é o que esta relatado no texto de 1ª Samuel 15, verso 03:
“... Matarás... Desde os meninos até os de peito...” (1ª SM 15, 03).
“... Crianças de peito...” (1ª SM 15,03; Revista e Atualizada, 2ª edição)
“... Crianças que ainda mamam...” (1ª SM 15,03; Nova Bíblia Viva).
“... Crianças récem – nascidos...” (1ª SM 15, 03; Nova Versão Internacional).
O texto deixa bem claro que uma distinção entre “... Os meninos...” (1ª SM 15,03), e “... Os de peito...” (1ª SM 15,03).
Então essa história de dizer que não é preciso mencionar escrituralmente a presença de crianças sendo batizadas cai por terra.

ATOS 16, 15; A FAMÍLIA DE LÍDIA:
“... Foi batizada, ela e a sua casa...” (AT 16,15).
“... Ela foi batizada, com a sua casa...” (AT 16,15; Nova Bíblia Viva).
Tendo sido batizada, bem como os de sua casa...” (AT 16,15; Nova Versão Internacional).
Só existe uma maneira de fazermos a Bíblia fala o que Ela não quer dizer forçando o texto.  
A mulher mencionada no texto é Lídia (AT 16,14). Mas uma vez afirmo e reafirmo nem tampouco aqui o texto menciona o batismo infantil.

ATOS 16,30 a 32; A FAMÍLIA DO CARCEREIRO:
... Pregaram a Palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa”.
Então contaram a ele e a toda sua a casa a boa – nova do Senhor... E em seguida ele e toda a sua casa foram batizados” (AT 16,32,33; Nova Bíblia Viva).
“... Pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa” (AT 16,32,33; Nova Versão Internacional).
Analizemos com cautela o enunciado, poís o texto deixa bem claro algumas verdades:

1ª O capítulo 16 de Atos conta – nos a história de Paulo e Silas na prisão “... De repente, sobreveio um grande terremoto... Logo se abriram todas as portas...” (AT 16,26).
2ª O carcereiro viu “... Abertas as portas da prisão...” (AT 16,27).
3ª Ele “... Tirou a espada e quis matar – se...” (AT 16, 27), pensando que “... Os presos já tinham fujido” (AT 16,27). No entanto ali estavam “... Todos...” (AT 16,28).
4ª Em nenhum momento o texto afirma que Paulo disse ao carcereiro que ocorreria salvação automatica de toda a família do referido. Até porque a Bíblia não confirma que havia crianças de colo ou mesmo que fossem bem novinhas, por outro lado a Bíblia também não desconfirma que não houvesse.
Mesmo porque devo sempre lembrar que não posso e nem devo “... Ir além do que está escrito...” (1ª COR 4, 06).
5ª Os servos de Deus Paulo e Silas anunciaram o evangelho a todos os moradores daquela “... Casa” (AT 16, 32).
6ª É bem verdade que o verso 33, diz que “... Logo foi batizado, ele com os seus” (AT 16,33).
O contexto não me permiti fazer nenhuma conclusão precipitada, poís venhamos e convenhamos a Bíblia não menciona em momento algum que ali houvesse a presença de crianças. E ao contrario do dito popular que diz “O calado consente”, isto não ocorre com a referência citada.

ATOS 18, 08; A FAMÍLIA DE CRISPO.
E Crispo... creu no Senhor com toda a sua casa... e foram batizados” (AT 18, 08; Revista e Corrigida edição de 1995).
O texto não afirma de maneira direta e nem tampouco indireta que as crianças foram batizadas.

1ª CORÍNTIOS 1,16; A FAMÍLIA DE ESTÉFANAS:
E batizei também a família de Estéfanas...” (1ª COR 1,16; Revista e Corrigida, edição 1995).
Batizei também a casa de Estéfanas...” (1ª COR 1,16; Revista e Atualizada, 2ª edição).
Ah, sim! Batizei a família de Estéfanas...” (1ª COR 1.16; Nova Bíblia Viva).
Batizei também os da casa de Estéfanas...” (1ª COR 1,16; Nova Versão Internacional).
Nem neste texto temos a menção de crianças sendo batizadas.

COLOSSENSES 2,versos 11 e 12:
No qual também estais circuncidados com circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne; a circuncisão de Cristo. Sepultados com ele no batismo...” (CL 2,11,12).
Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas do despojamento do corpo da carnem que é a circuncisão de Cristo. Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo...” (CL 2,11,12; Revista e Atualizada, 2ª edição).
Quando vocês foram a Cristo, ele os libertou dos seus maus desejos, não por meio de uma operação física de circuncisão, mas de uma operação espiritual feita por Cristo, pela qual somos libertados do poder da natureza pecadora. No batismo a sua velha natureza pecaminosa foi sepultada com ele...” (CL 2,11,12; Nova Bíblia Viva).
Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por feita por Cristo, que é o despojas do corpo da carne. Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo...” (CL 2,11,12; Nova Versão Internacional).
Os ardorosos defensores do batismo infantil, tentar coligar a circuncisão (antiga aliança) com o batismo (nova aliança). No entanto isso não passa de um verdadeiro absurdo.
Pois de acordo com o pastor e teólogo Antônio Mesquita, a circuncisão era:
“... O nome dado à operação cirurgica para remover o prepúcio – pele que cobre a glande do órgão sexual masculino...” (4).
Perguntar não ofende quem é que dentre os ditos defensores do batismo infantil circuncisa o recem nascido ao 8º dia.
Creio ser valioso o comentario dado pelo teólogo Ricardo Gondim:
“... A distinção não reside entre um camelo e um rinoceronte e, sim entre um camelo e um dromedário. A reação inicial de alguns pode até ser ‘Mas, é quase a mesma coisa...” (5).
Felizes são as palavras do pastor e teólogo Zwinglio Rodrigues que disse:
Pro azar desse tipo de gente, existem pessoas que sabem interpretar a Bíblia que tem uma exegése e uma hermenéutica equilibrada. E que sabem dizer o que o texto esta dizendo. Tem pessoas que não vão se deixar levar por essas distorções escrituristicas” (6).
  
E O QUE DIZER SOBRE A DOUTRINA DA ALIANÇA?
O pastor e teólogo presbiteriano, Leandro Lima, tenta justificar o batismo infantil, dizendo que a base Bíblica para isso é a “doutrina da aliança” (7). Ele prossegue numa tentativa frustada em referenda a linha de raciocinio citando as Escrituras Sagradas, de maneira um tanto quanto distorcida.
Ele chega a dá alguns exemplos escrituristicos que parecem mencionar de maneira de indereta o batismo infantil. Os exemplos são Gênesis 12, Atos 2, versos 38 e 39, Atos 16, versos 13 a 15; está passagem Bíblica já foi devidamente explicada, Atos 16 verso 33, Atos 18, verso08, a passagem já foi devidamente explicada,  e 1ª Coríntios 7,14; está passagem Bíblica já foi devidamente explicada.
O referido teólogo tenta sustenta o batismo por aspersão citando a passagem de Marcos 7, versos 1 a 4; depois ele explica que a palavra “Lavar” a qual citada no texto Bíblico tem o mesmo sentido de batizar.
Ele comete uma interpretação extrema do texto Bíblico mostrando que ele (o texto) cita a presença de“... Copos... jaros... vasos de metal, e as camas” (MC 7 verso 04; Revista e Corrigida edição 1995).
Ele pratica uma verdadeira eisegese ao afirma: “Então o que eles faziam pegavam a cama e jogavam no rio” (8).
No tocante a algumas interpretações calvinistas o teólogo de confissão pentecostal, Daniel B. Pecota diz:“...Parece que os calvinistas às vezes apelam a métodos tortuosos, na exegese e na hermenêutica, a fim de evitar as implicações de outros textos
neotestamentários...” (9).
O teólogo batista, Zwinglio Rodrigues é incisivo quando diz que: “Tem pessoas que não vão se deixar levar por essas distorções escrituristicas” (10).
A respeito da “doutrina da aliança”, o apóstolo Paulo explica-nos sobre o perigo de usarmos a lei (o Antigo Testamento isto é Antiga Aliança) só para o que nos convém, pois para ele é maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas:
... Que estão escritas no livro da lei” (GL 3,10; Nova Bíblia Viva, o grifo não consta no texto original).
“... Escritas no livro da lei, para praticá – las” (GL 3,10; Revista e Atualizada, 2ª edição, o grifo não consta no texto original).
... As coisas escritas no livro da lei” (GL 3,10; Nova Versão Internacional; o grifo não consta no texto original).
O teólogo assembleiano Josué Brandão, fornece – nos algumas informações sobre as ditas alianças feitas entre Deus e seus servos falando nos sobre algumas alianças:
“Aliança Edemica” (GN 1 e 2), “Aliança Adamica” (GN 3), “Aliança Noética” (GN 8 e 9), “Aliança Abraamica” (GN 12), “Aliança Mosaica” (EX 20), “Aliança Palestiniana” (DT 5), “Aliança Davidica” (1ª SM 5), (10).

REFUTANDO OS FORTES ARGUMENTOS.
Os defensores do batismo infantil gostam de fornecerem alguns exemplos Bíblicos que a princípio parecem ser irrefutaveis.
Cornélio e os seus: Foram batizados somente depois de ouvirem a Palavra de Cristo e também depois do recebimento do Dom do Espírito Santo, confirmando que havia convertidos a Jesus Cristo (Atos 10.36-48).
Lídia e sua casa: Foram batizados depois da “decisão de fé”. O Senhor Jesus lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia, isto é, evangelho de Cristo (Atos 16.14, cf. vv.13,15).
O carcereiro de Filipos e os seus receberam  o batismo após “crerem” em Jesus Cristo (Atos 19.30-33).
“... Não há nenhum fundamento sólido, ou ainda alguma alusão apontando que entre os batizados da casa de Lídia, da casa do carcereiro de Filipos e da casa de Estéfanas, estivessem incluídas crianças pequenas. Na verdade nem poderia ter acontecido isso! A palavra “casa” no N.T., não incluía somente o pai  de família, a sua esposa, filhos, mas também diversos dependentes, tais como servos, empregados, e até mesmo “clientes” (isto é, libertos ou amigos) que voluntariamente preferiam juntar-se à casa por causa de benefícios mútuos (At 10.24). Daí subentende-se perfeitamente que foram batizados todos  aqueles  que  tiveram condições de “crer”em Jesus Cristo e de “se arrepender” de seus pecados. Por exemplo, os da casa do carcereiro de Filipos, Lucas disse que eles “creram e se alegraram” (At 16.34). Porventura, uma criancinha ou uma criança pequena poderá se alegrar por haver “crido”em Jesus Cristo? Como se observa, a “fé” era uma das maiores virtudes ensinada pelo apóstolo Paulo (Rom 1.8; 3.28; 5.1; 12.3; 14.23; Gál 2.16; 3.7,11,26-27; 5.6,22; Efés 1.15; 2.8; 6.16; Col 1.4; 2.12). Então, como iria Paulo permitir e até mesmo batizar crianças? Ele disse em seu ensino aos Colossenses: “Tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (2.12; itálico nosso). Não aceitamos e não cremos no batismo infantil, com base nestas citadas famílias. O batismo somente pode ser conferido a pessoas convertidas a Cristo, arrependidas de seus pecados, portanto, que tiveram “fé” em Cristo e no seu Sacrifício. Logo, uma criança pequena não teria jamais condições de se corresponder a estas exigências bíblicas para o batismo...” (11).

O QUE DIZEM OS ERUDITOS, SOBRE OS CASOS ATOS 10,47; A FAMÍLIA DE CORNÉLIO, ATOS 16, 15; A FAMÍLIA DE LÍDIA,
ATOS 16,30 a 32; A FAMÍLIA DO CARCEREIRO; ATOS 18, 08; A FAMÍLIA DE CRISPO; 1ª CORÍNTIOS 1,16; A FAMÍLIA DE ESTÉFANA e 1ª CORINTIOS 7,14.
O Dr. Neander escreveu: "Não podemos provar que os apóstolos tenham ordenado o batismo infantil; das passagens onde é mencionado o batismo de famílias inteiras, não podemos tirar tal conclusão”...
O professor Jacob diz: "Em nenhum desses casos ficou provado que havia criancinhas naquelas famílias"...
O Dr. Meyer diz: "Que o batismo de criança não estava em uso naquele tempo torna-se evidente em I Cor 7,14;" (12, os grifos não constam no texto original).
Os quase três mil batizados em Pentecostes: Mostra-nos que o batismo em água seguiu-se à pregação e à conversão dos ouvintes; “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados” (Atos 2.38, cf. v42).
Os convertidos de Samaria: Foram somente batizados depois que “creram” nas palavras de Filipe que lhes pregava a Cristo, isto é, depois de convertidos (Atos 8.5-13).
O eunuco etíope: Após ouvir a pregação de Filipe a respeito de Jesus Cristo que, acarretou no arrependimento e conversão do eunuco, o mesmo disse a Filipe: “Eis aqui água, que impede que eu seja batizado?” (Atos 8.36). “E mandou parar o carro e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (v. 38).
Os exemplos citados provam cabalmente de que o batismo nas águas somente poderá ser ministrado a uma pessoa realmente convertida a Cristo.

OS ESPECIALISTAS E O SIGNIFICADO DA PALAVRA BATISMO.
“... Scapula diz: "Mergulhar, imergir, como fazemos com qualquer coisa com o propósito de tingi-la".
Schleusner diz: "Significa, propriamente mergulhar, imergir, imergir em água".
Parkhurst diz: "Mergulhar, imergir, ou meter em água".
Stevens diz: "Imergir, submergir ou sepultar em água".
Robinson diz: "Imergir, afundar”.
O professor Moses Stuart... Declarou: "Batismo significa mergulhar, meter ou imergir em qualquer líquido. Todos os lexicógrafos e críticos de qualquer nomeada concordam sobre isso”...
O Deão Stanley, erudito e historiador da Igreja Oriental, afirma: "A prática da Igreja Oriental, e o significado do vocábulo, não dão motivo suficiente para qualquer duvida de que a forma original do batismo era imersão completa nas profundas águas batismais”...
Melancthon, o mais erudito e hábil colaborador de Lutero, escreveu: "Batismo é imersão em água"...
João Calvino, fundador do presbiterianismo, escreveu: "Pelas palavras de João 3,23; pode-se inferir que o batismo era administrado por João e por Cristo, mediante mergulho do corpo inteiro sob a água”...
Grotius a quem seu biógrafo chama um dos nomes mais ilustres da literatura, da política e da teologia, diz: "Que o batismo era realizado por imersão, e não por derramamento, se entende pelo próprio sentido da palavra, como também pelos lugares escolhidos para administração do rito”...
Prof. H. W. Humphreys, Universidade Vanderbilt.
"Não há nenhum léxico grego-inglês padrão de que aspergir quer dizer derramar como um dos significados da palavra grega baptizo".
Prof. Dodge, Universidade de Michigan...
"A palavra baptizo quer dizer afundar, ou mergulhar na água, não respingar. Não sei de nenhum léxico que de respingar por batizar".
Prof. H. Kinatton, D.D. Universidade de Durhan.
"Não sei de qualquer léxico grego-inglês que dê o significado de respingar ou derramar. Se alguém o fizer, eu diria que se enganou".
Prof. G. E. Mamdin, Universidade de Londres.
"Não sei se há qualquer léxico autorizado grego-inglês que faz a palavra significar respingar ou derramar. Apenas posso dizer que semelhante palavra nunca pertence à baptizo no grego clássico." (13, os grifos não constam no texto original).

OS PAIS DA IGREJA DISSERAM A BÍBLIA FALA:

Coloco aqui as opiniões de alguns pais da igreja:

ORÍGENES  DE ALEXANDRIA (185 - 254 D.C.).

A Igreja recebeu dos Apóstolos o costume de administrar o batismo até mesmo para crianças...”.
 Existe um sério problema com está declaração a Bíblia não faz qualquer menção, alusão ou citação escrituristica. Pela qual possamos comprovar tamanho disparate.

CIPRIANO DE CARTAGO (200 - 258 D.C.).

Porém em relação com o caso das crianças, na qual disse que não devem ser batizados no segundo diz ou terceiro dia depois do nascimento, e que a antiga lei da circuncisão deve ser considerada, pela qual pensa que alguém que de nascer não deve ser batizado e santificado dentro de 8 dias, todos nos pensamos de uma maneira muito diferente em nosso concílio”.

Cipriano de Cartago levanta a bandeira do batismo (infantil). Ele (Cipriano) e os ditos propagadores do batismo infantil tentam coligar o batismo com a circuncisão.
No entanto de acordo com a Palavra de Deus a circuncisão “Será... perpetua” (GN 17,13b, Almeida Revista e Atualizada). Fazendo uso desta afirmação indagar não ofende quem dentre os apologistas do batismo infantil circuncisa ao 8º dia o filho recém – nascido.
Quando alguém é convertido, ele deve ser circuncidado;quando a ferida da circuncisão está cicatrizada, ele é batizado na presença de dois sábios, que proclamam: Eis que ele é agora um israelita em todos os aspectos” (Talmud da Babilônia).

GREGORIO DE NAZIANZO (329 – 390 D.C.).

Vamos batizar... as crianças: não dê tempo para a malícia apoderar-se deles, santificai-os quando, todavia são inocentes, consagrai-os ao Espírito quando, todavia não tenham nascido os dentes. Que falta de coragem e que falta de fé a das mães que temem o caráter batismal pela debilidade de sua natureza”.
 Gregório comete um erro crasso ao mencionar não devemos da “tempo para a malicia apoderar – se deles”.
Até porque a Bíblia diz que em: “... Pecado...” (SL 51,05). Somos concebidos.
JOÃO CRISÓSTOMO (347 - 407 D.C.)

“... Por esta razão batizamos também as crianças de pouca idade, quando, todavia ainda não começaram a pecar, para que recebam a santidade, a justiça, a filiação”.
 João Crisóstomo só pode ter extraído as “verdades” ditas por ele do livro de “acrescentares”. No que diz respeito a filiação João 1,12; nos dá a devida resposta: “Mas a todos quantos o receberam deus – lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome”(14).

IMERGIR OU ASPERGIR?

John Wesley: “Creio ser meu dever enquanto me é possível, batizar por imersão”.
João Calvino: “A própria palavra batismo significa imersão; e é certo que a igreja primitiva usava esse método”.
O judeu Maiomedes afirmou: “... Se o homem submergir todo o corpo, menos a ponta de um dedo, ele é considerado imundo”.

BATIZAR OU APRESENTAR?

De acordo com o teólogo assembleiano Josué Brandão, ocorrem sete bençãos durante a apresentação de uma criança. Para maiores esclarecimentos recomendo aos amados irmãos assisterem ao vídeo do mencionado localizado no youtube “Porque consagramos nossos filhos”.
Eu sei que a pratica da apresentação de criança recem nascida, dá muito “pano pra manga”. No entanto creio que ela seja mais bem explicada a luz da Palavra de Deus.

Notas informativas sobre o texto “Batizar sim ou não?”.
E – book “Teólogia Sistemática Pentecostal”.
Revista “Manual do Obreiro”, matéria de capa “Gestão Eclesiastica Eficiente”. Edição 43. Artigo “Salvação dos infantes”, autor Ciro Sanches Zibordi. Páginas 23 a 26. Editora CPAD.
Batismo em águas”, vídeo extraido do link “Doutrinas Bíblicas” no youtube. Canal mantido pelo pastor Kleber Maia, lider da Assembleia de Deus, no Rio Grande do Norte.
Revista “Resposta Fiel”, edição 19, matéria de capa “Cura interior, verdades e mentiras”, artigo “Circuncisão no 8º dia tem base científica”, autor Antônio Mesquita. Página 8. Editora CPAD.
Livro “A radiografia da nova era”, autor Eliseu C. Lira, página 23.
Audio “Aborto”, pastor Zwiinglio Rodrigues.
Site “IPSANTO AMARO”, audio “Uma defesa do batismo infantil e por asperção (curso de teólogia – eclesiologia)”. Autor Leandro Lima.
Site “IPSANTO AMARO”, audio “Uma defesa do batismo infantil e por asperção (curso de teólogia – eclesiologia)”. Autor Leandro Lima.
Site “DOKIMOS”, estudo “Uma vez salvo, salvo para sempre?”, autor Zwinglio Rodrigues.
Audio “Aborto”, pastor Zwiinglio Rodrigues.
Audio “Aliança no Sangue”, autor Josué Brandão.
Internet “A quem deve ser administrado o Batismo em água?Por que batizar uma criança?”.

Internet “O BATISMO BÍBLICO”.

Internet “O Batismo Bíblico”.


Internet“O BATISMO BÍBLICO”.

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